Meu extravagante ato de luxúria havia se tornado um hábito muito difícil de largar. Meu pecado, maculava essa minha alma já tão impura como se fosse heroína. Heroína prestes a ser injetada nesse meu corpo frio e sem vida, esquentando meu sangue, correndo pelas minhas veias pulsantes, incinerando meu peito. E me deixando extasiada com o torpor que sentia.
Seus olhares, seus meios-sorrisos, seus toques, seus beijos... Eu precisava provar daquilo pra me sentir viva, ao menos por alguns momentos.
Me matava... Irônico, não? Que pudesse me tirar a vida que já não mais possuía. Contraditório. Me fazia mal, mas tornava-se cada vez mais necessário.
Foi quando eu percebi: eu estava viciada nele. E não queria a reabilitação tão cedo.
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